Contexto

Em nosso tempo o conflito de narrativas é muito grande, além disso temos a guerra pela “verdade”, aonde muitas organizações usam meios de comunicação para confundir e deformar o puro e simples entendimento sobre o Evangelho do Reino. Enquanto os trabalhadores do Reino (Mt 9:37,38; Mt 20:1; Lc 17:36) semeiam a palavra de Deus, do outro lado existem pessoas trabalhando (Ef 5:6) diariamente para deformar o pensamento de Jesus e a sua mensagem, do qual possui uma coluna dorsal escatológica.

Enquanto João Batista pregava no deserto, sem qualquer estrutura física ou política, declarando a necessidade de arrependimento para entrar no Reino (Mc 1:2-4), o representante deste Reino, assim chamado Jesus, apareceu pregando que o Reino chegou (Mt 8:17), manifestando assim curas, milagres e perdão de pecados.

A Chegada do Rei do Reino

Assim, a inauguração da Era do Reino (cronologia do tempo iniciada com Jesus do qual muitos teólogos chamam de Século Futuro - Mt 6:10; Lc 19:11) apresenta a presença do principal representante, com advento da chegada do Rei que anuncia sobre uma nova era no primeiro século do nosso tempo, manifestando assim a religação de comunhão com o Pai (Jo 15:1-10), assim como a reconstrução do templo de Deus (Mc 14:58), também a promoção da nova aliança(Jr 31:32; Jo 16:7-15), e o reestabelecimento do domínio terreno de Cristo (Jo 17:5, Ef 4:6-10, Cl 1:15-17) a partir da sua morte na Cruz. A reconstrução não é física ou uma engenharia de concretos com tijolos, na verdade, a reconstrução é espiritual e se manifesta em cada indivíduo, cumprindo assim a profecia da nova aliança, profetizada por Jeremias (Jr 31:31-34) e demais profetas do Antigo Testamento. Esta Era nasce para manifestar a atuação do Espírito de Deus (Jo 16:13-15), também chamado de Advogado (Jo 14:16), Consolador, Auxiliador que conduzirá o povo do Reino no caminho da perserverança, convencendo diversas pessoas do seu pecado (Jo 16:8) e convertendo muitos. Desta forma o povo do Reino constituirá o Corpo de Cristo (Rm 8:16), visão teológica muito diferente de uma visão do corpo hobesiano, baseado no livro O Leviatã, de Thomas Hobbes, do qual idealizou o Estado Moderno cheio de pessoas fazendo a vontade de um governante humano.

Reino de Deus não é

Portanto, o Reino de Deus não é uma igreja organizada política e juridicamente como uma associação ou fundação denominacional, assim como também o Reino de Deus não é um grande grupo de pessoas com títulos denominados de “cristãos”, embora, para identificar um grupo político-religioso diante de um Governo ou Estado é necessário a identificação concreta (material) na limitada visão humana. Os filhos naturais do Reino, assim denominados popularmente como judeus, não são propriamente o povo do Reino, na verdade, no contexto histórico foram rejeitados, já que o próprio Rei deste Reino afirmou que seus lugares serão ocupados por outros (Mt 8:12). Com isso, os verdadeiros “filhos do Reino” são aqueles que respondem a voz do grande Pastor (Jo 10:3), este que é o Rei, do qual envia a sua palavra a cada indivíduo (Gl 4:6; Ef 1:13; Rm 8:14).

A máxima do Reino

Deste modo a chegada do Reino de Deus propõe a manifestação do próprio Rei, a revelação da sua mensagem (Mt 28), a salvação de indivíduos que farão parte deste Reino (Mt 22:3), assim como deter o poder de Satanás e o prenúncio do julgamento futuro que irá destruí-lo (Jo 16:8), também os anjos que o acompanham, bem como aqueles (Mt 25:30) que adotaram estar com o império do mal.

Reinado de Homens

Para o melhor entendimento do Reinado de Homens, levantamos a seguintes questões:

1. Os membros de qualquer igreja, embora contrairam essa condição por terem confessado a fé, porém a confissão, não representa a perseverança deste diante do Reino, que precisa viver conforme o propósito do Reino;
2. A denominação cristã, que embora confesse Jesus Cristo como Senhor, e entenda sobre a Comunhão dos Santos, porém tal denominação poderá não se comportar como Jesus, negando amor e fidelidade ao povo de Deus, segregando pessoas, rotulando membros por condições físicas ou financeiras;
3. Embora a missão de qualquer instituição cristã, baseada em Mateus 28, informa levar a palavra de Deus, tal instituição ao contrário, poderá não investir, promover ou dedicar tempo sobre a evangelização;
4. A ordenança da Comissão Geral foi negociada, priorizando assim aumentar o clube social ou a meta de arrecadação financeira da “igreja” visando “expandir” a própria prebenda daquele pastor ou líder presidente;
5. As campanhas de “curas” ou “milagres”, são, na verdade, uma intenção clara sobre o aproveitamento do sofrimento humano em nossos dias, para fins de dependência, podendo ser comparado a uma droga alucinógena, resultando em sofismas na mente, aprisionando a alma, diferente da liberdade promovida pelo apóstolo Paulo em Romanos 12;
6. Cultos que fornecem uma adoração totalmente diferente da adoração bíblica, que deforma a imagem da pessoa de Jesus Cristo, assim, depreciam o Senhorio, distorcem os atributos divinos do Grande Pastor e alteram a obediência saudável e agradável a Deus por obediência à retórica de discursos humanos.

A guerra de narrativas é, na verdade, uma tentativa de enganar os eleitos de Deus (Mt 24:11), subtraindo a missão do povo do Reino.

Cuja a missão, possui uma tarefa clara e objetiva designada por Jesus Cristo. Cuidado se você está vendo isso, volte para o grande Pastor Jesus, inicie um culto em sua casa ou procure uma igreja realmente bíblica, medite na palavra de Deus. Proteja-se enquanto ainda há tempo!